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sábado, 27 de abril de 2013

A FILHA DO DITADOR NÃO VAI VISITAR A TERRA DO TIO SAM.



A FILHA DO DITADOR NÃO VAI VISITAR A TERRA DO TIO SAM.




O governo dos EUA não deu permissão para Mariela Castro, filha do ditador Raúl Castro, participar de uma conferência na Filadélfia sobre direitos civis de comunidades lésbicas, gays, bissexuais e transexuais, patrocinada pelo Fórum da Igualdade. Mariela receberia um prêmio pelo seu ativismo em favor dos direitos dos homossexuais em Cuba. Gostei e não gostei da decisão do Departamento de Estado americano. Não gostei pelos motivos óbvios. A decisão é um atentado contra a liberdade de expressão e reforça a política seletiva dos EUA em relação aos cidadãos cubanos. Por outro lado, Mariela, diretora do Centro Nacional para Educação Sexual em Cuba (CENESEX), representa a voz oficial do regime castrista. A luta dela pelos direitos da comunidade LGBT em Cuba acontece dentro dos marcos institucionais do regime. Trata-se de uma estratégia para manter os movimentos que revindicam direitos sob o controle do estado. Além de marginalizar os grupos que lutam por direitos de maneira independente (os gays, por exemplo), o regime mantém a vigilância, dirige as reivindicações e ainda passa para o mundo uma falsa imagem de tolerância. O CENESEX é o braço armado do regime para promover a diversidade sexual controlada e, ao mesmo tempo, contra-atacar o ativismo independente praticado, por exemplo, pela Fundação Cubana LGBT Reinaldo Arenas. A premiação na Filadélfia seria o coroamento desta política oficial. 


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