A FILHA DO DITADOR NÃO
VAI VISITAR A TERRA DO TIO SAM.
O governo dos EUA não
deu permissão para Mariela Castro, filha do ditador Raúl Castro, participar de uma
conferência na Filadélfia sobre direitos civis de comunidades lésbicas, gays,
bissexuais e transexuais, patrocinada pelo Fórum da Igualdade. Mariela receberia
um prêmio pelo seu ativismo em favor dos direitos dos homossexuais em Cuba.
Gostei e não gostei da decisão do Departamento de Estado americano. Não gostei pelos
motivos óbvios. A decisão é um atentado contra a liberdade de expressão e reforça
a política seletiva dos EUA em relação aos cidadãos cubanos. Por outro lado,
Mariela, diretora do Centro Nacional para Educação Sexual em Cuba (CENESEX),
representa a voz oficial do regime castrista. A luta dela pelos direitos da
comunidade LGBT em Cuba acontece dentro dos marcos institucionais do regime. Trata-se
de uma estratégia para manter os movimentos que revindicam direitos sob o
controle do estado. Além de marginalizar os grupos que lutam por direitos de
maneira independente (os gays, por exemplo), o regime mantém a vigilância, dirige
as reivindicações e ainda passa para o mundo uma falsa imagem de tolerância. O
CENESEX é o braço armado do regime para promover a diversidade sexual
controlada e, ao mesmo tempo, contra-atacar o ativismo independente praticado,
por exemplo, pela Fundação Cubana LGBT Reinaldo Arenas. A premiação na Filadélfia
seria o coroamento desta política oficial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário