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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

GRITOS, SLOGANS SURRADOS E CARTAZES DIFAMATÓRIOS: É o Carnaval Fascista/Castrista na Bahia.



GRITOS, SLOGANS SURRADOS E CARTAZES DIFAMATÓRIOS: É o Carnaval Fascista/Castrista na Bahia.


O trio elétrico da jagunçada castrista acompanha Yoani Sánchez com devoção religiosa, e com espantosa previsibilidade, do Recife a Feira de Santana. A música é conhecida: gritos, vaias e mais gritos. O objetivo é silenciar a dissidente cubana e não permitir que ela se manifeste. É o método DELES. Fazem isso há décadas. Conheço esta turma desde o começo dos anos 80. Não é de admirar o culto que ergueram em torno da ditadura mais antiga e decrépita do mundo. O repertório dos protestos, como era de se esperar, é chato, repetitivo, maçante e tão gasto quanto às ideias DELES.



É Yoani, foi mexer com o brinquedinho ideológico dos revolucionários mimados. ELES são assim, viu. Detonam com todo mundo, fazem um barulho dos diabos, mas quando alguém mexe com eles, ficam bravinhos e gritam palavras de ordem surradas e fascistas. Mas é só isso. Eles não têm nada mais do que slogans. A reflexão crítica passou longe. ELES acham que só ELES podem protestar. São profissionais do linchamento moral, do protesto sob encomenda e da “arte” do silenciamento. 

Yoani estava em Feira de Santana para a exibição do documentário “Conexão Cuba-Honduras”. Nem Eduardo Suplicy, que interveio em favor da blogueira, conseguiu acalmar o ânimo dos raivosos. A exibição foi cancelada. ELES acham que venceram mais um round. Acho que não. Na verdade, os gritos silenciaram as palavras. O comportamento histriônico sufocou a disposição para o debate. Se ao invés de acusá-la, aos gritos, de agente da Cia tivessem sentado, encarado o debate, e perguntado a visitante sobre o suposto financiamento que recebe dos Estados Unidos.... Mas não, ELES não querem o debate. Não estão ali para discutir ideias. 



Yoani usou o Twitter para comentar a ação dos “revolucionários”. Escreveu que ao invés de um debate o que se viu foram "gritos contra argumentos" e "slogans contra ideias". E acrescentou: "Todos tinham o mesmo material, impresso da mesma forma, com as mesmas cores e palavras. Como se alguém tivesse distribuído a esses 'enérgicos' do grito o mesmo dossiê contra mim. Que coincidência!". Mais tarde, na Câmara dos Dirigentes Lojistas de Feira se Santana, a cubana disse: “Os gritos, os insultos, foi como se tivessem sido orquestrados por terroristas. Eu sou uma pessoa pacífica, e trabalho com o verbo, com a fala, não tinha por que tanta agressividade. O que pude ver e questionar no debate foi que eles não leem o que eu escrevo no meu blog.”

Claro que não leem. Eles leem Salim Lamrani, Frei Beto, Emir Sader, que também não leem o blog. 

ELES querem silenciar Yoani. Durante o regime militar brasileiro muitos DELES foram silenciados por uma ditadura monstruosa. Protestam até hoje, e com justiça, e criam Comissões para investigar os crimes da ditadura. Mas nunca, nunca, se questionaram sobre o silenciamento da oposição em Cuba. Ao contrário. Ficam sempre do lado dos Castro e acusam a oposição de traição. Diante do silencio da esquerda, coube à velha direita, que nunca foi afeita aos valores democráticos, o papel de denunciar o sufocamento da oposição em Cuba. Escutar a direita carcomida brasileira sair em defesa da blogueira e da liberdade de expressão é lamentável. O silêncio das esquerdas sobre a ditadura cubana, que se arrasta há 54 anos, é vergonhoso. 

Pimenta nos olhos dos outros é socialismo.

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