A NOVA “BOBAGEM” OU A ESQUIZOFRENIA SOCIOLÓGICA DE MARILENA CHAUÍ, A FILÓSOFA OFICIAL.
No último
dia 13, em Goiânia, num evento conhecido como Café com Ideias, Marilena Chauí voltou
a “teorizar” sobre a classe média brasileira. Em maio, num discurso proferido no lançamento do livro “10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil: Lula e Dilma”, ela
manifestou, de maneira contundente, o ódio que sentia pela classe média. Agora
voltou à carga, mas para desacreditar o surgimento de uma “nova classe média”
brasileira.
Além de insistir no velho
dualismo ortodoxo de classes que rege o mundo capitalista (classe trabalhadora
X burguesia), Chauí sustenta que a “classe média” não tem função econômica, mas
ideológica. A “classe média” é uma “correia de
transmissão das ideologias das classes dominantes”. O uso da “correia de transmissão”
(“cinta de material
flexível, normalmente feita de camadas de lonas e borracha
vulcanizada, que serve para transmitir a força e movimento de uma polia ou engrenagem para
outras”) como metáfora para expressar o significado social da classe
média é assaz revelador do mecanicismo desta visão de mundo. A ideia de uma “correia
de transmissão”, dado o gosto pela simplificação, pode se converter num
mecanismo de explicação que dispensa a pesquisa e a reflexão.
A “nova classe média”,
que ela distingue da “antiga classe média”, é uma “bobagem sociológica”, já que
foi uma ampliação da classe trabalhadora. Na sofisticada visão da filósofa, em
termos sociológicos, tudo se resume a duas classes e seus epifenômenos. A
classe média é uma ampliação da classe trabalhadora que funciona como correia
de transmissão das classes dominantes (Entenderam?). Em maio de 2013 Chauí
disse que odiava a classe média. Então deixa ver se eu entendi: o que ela odeia
é, na verdade, uma “bobagem sociológica”?
A simplificação, a
serviço da esquerda utilitária, beira a esquizofrenia. Assim é fácil explicar o
mundo e suas “contradições”. Basta reduzir a realidade a duas categorias
sociológicas e suas variações, definir quem esta a favor de quem (conservadores
X progressistas) e está tudo resolvido. Se a realidade desmentir a tese,
afirme, com a autoridade de uma filósofa, que tudo não passa de uma grande
“bobagem”, e pronto. A militância acrítica espalha o novo evangelho nas redes
sociais e molda a realidade de acordo com os surtos sociológicos da filósofa.
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