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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

A NOVA “BOBAGEM” OU A ESQUIZOFRENIA SOCIOLÓGICA DE MARILENA CHAUÍ, A FILÓSOFA OFICIAL.


A NOVA “BOBAGEM” OU A ESQUIZOFRENIA SOCIOLÓGICA DE MARILENA CHAUÍ, A FILÓSOFA OFICIAL.

 


No último dia 13, em Goiânia, num evento conhecido como Café com Ideias, Marilena Chauí voltou a “teorizar” sobre a classe média brasileira. Em maio, num discurso proferido no lançamento do livro “10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil: Lula e Dilma”, ela manifestou, de maneira contundente, o ódio que sentia pela classe média. Agora voltou à carga, mas para desacreditar o surgimento de uma “nova classe média” brasileira.

Além de insistir no velho dualismo ortodoxo de classes que rege o mundo capitalista (classe trabalhadora X burguesia), Chauí sustenta que a “classe média” não tem função econômica, mas ideológica. A “classe média” é uma “correia de transmissão das ideologias das classes dominantes”. O uso da “correia de transmissão” (“cinta de material flexível, normalmente feita de camadas de lonas e borracha vulcanizada, que serve para transmitir a força e movimento de uma polia ou engrenagem para outras”) como metáfora para expressar o significado social da classe média é assaz revelador do mecanicismo desta visão de mundo. A ideia de uma “correia de transmissão”, dado o gosto pela simplificação, pode se converter num mecanismo de explicação que dispensa a pesquisa e a reflexão.

A “nova classe média”, que ela distingue da “antiga classe média”, é uma “bobagem sociológica”, já que foi uma ampliação da classe trabalhadora. Na sofisticada visão da filósofa, em termos sociológicos, tudo se resume a duas classes e seus epifenômenos. A classe média é uma ampliação da classe trabalhadora que funciona como correia de transmissão das classes dominantes (Entenderam?). Em maio de 2013 Chauí disse que odiava a classe média. Então deixa ver se eu entendi: o que ela odeia é, na verdade, uma “bobagem sociológica”?

A simplificação, a serviço da esquerda utilitária, beira a esquizofrenia. Assim é fácil explicar o mundo e suas “contradições”. Basta reduzir a realidade a duas categorias sociológicas e suas variações, definir quem esta a favor de quem (conservadores X progressistas) e está tudo resolvido. Se a realidade desmentir a tese, afirme, com a autoridade de uma filósofa, que tudo não passa de uma grande “bobagem”, e pronto. A militância acrítica espalha o novo evangelho nas redes sociais e molda a realidade de acordo com os surtos sociológicos da filósofa.

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