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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

LULA É A ESTRELA DA GLOBO HOJE A NOITE.



LULA É A ESTRELA DA GLOBO HOJE A NOITE.

O filme "Lula, o filho do Brasil" vai ser exibido hoje a noite na Globo no horário nobre? É isso mesmo? Acabei de ver o comercial. A chamada diz assim: “Hoje, logo após Salve Jorge, a Globo apresenta uma história emocionante.” 

Ué, a Globo não queria destruir o Lula? Não é a Globo que faz parte do tal do PIG e, junto com outros meios, esta em campanha para acabar com a figura pública do ex-presidente? Ajudem-me a entender isso. O filme é uma apologia escancarada de Lula. Trata o ex-presidente como um herói nacional, um predestinado. Qual é então a intenção da Globo? 

Peraí, acabou de cair a ficha. A exibição do filme é a cereja do bolo da estratégia conservadora para atacar o ex-presidente. O filme é tão ruim que vai acabar com a popularidade de Lula. Será que é isso? Tentaram desmoralizá-lo associando-o aos escândalos de corrupção. Como não deu muito certo vão apelar para a estética cinematográfica? 

Ocorreu-me outra possibilidade. A Globo quer se aproveitar da popularidade de Lula para alavancar o Ibope. Uma ligeira adaptação do velho provérbio: “inimigos, inimigos, negócios a parte”.



A Globo vai desagradar a todos, a direita e a esquerda. A direita vai sentir enjoo, a esquerda arrepios. A direita vai dizer que foi uma imposição do governo para não discutir a Lei dos Meios. A esquerda vai dizer que a globo está tentando agradar o governo para não aprovar a Lei dos Meios.


Meios à parte, não perco isso por nada. Vou deixar Dexter para amanhã. 


Ah, quem não quiser ver o Lula na Globo, tem o Programa do Ratinho no SBT. Vai ser uma disputa de gigantes pelo Ibope.
 

CADA UM NA SUA LUA



CADA UM NA SUA LUA



Depois de muito resistir criei um blog para descarregar e armazenar meus escritos não acadêmicos. Leio blogs de vários cantos do mundo, mas nunca me senti em condições, por falta de tempo, de manter um. Mas quando passei a encarar o blog não como um compromisso, mas como uma diversão, tudo ficou mais fácil. Não tenho ambições com as letras, apenas gosto de jogar com as palavras e organizar minhas ideias escrevendo. 

Gosto de escrever, de brincar com as palavras e transitar livre e despreocupadamente por temas variados. Acho que isso vem da minha experiência docente nas áreas de História, Relações Internacionais, Teoria e Filosofia Política, Educação e Epistemologia, além das muitas paixões: futebol, cinema, literatura, música, cachorros, flores e árvores, poesia, televisão (sim, televisão), cervejas, pinturas.

Minhas referências de mundo são múltiplas e bastante heterogêneas. Situo-me numa fronteira difusa e construo minhas coerências entre a insatisfação cultivada de Rimbaud e a humildade lírica de John Fante, entre Marx e Nietzsche, Aron e Kropotkin, Zorro e o Homem Aranha, Voltaire e o Barão de Münchhausen (da imaginação cinematográfica de Terry Gilliam), entre Gandhi e Dexter, Caetano Veloso e o rock inglês, Frida Kahlo e Emily Dickinson, Jesus de Nazaré e Heliogabalo (historiado por Antonin Artaud), o cinema americano e a poesia russa, Madame Satã e Sérgio Buarque de Holanda, entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A preposição entre indica um lugar intermediário, feito de aproximações. São as minhas afinidades eletivas.


Não se assustem com o nome do blog. Nada a ver com astrologia nem com astronomia. Tampouco encerra algum significado místico. É uma simples referência à individualidade como nosso refúgio mais “sagrado” e seguro. Não é uma recusa da coletividade, apenas uma ligeira desconfiança. Se a TERRA é o lugar do difícil, porém inescapável, exercício do viver em coletividades, vamos reservar então a LUA como espaço poético para as nossas fugas individualistas e nossos arroubos antissociais.

Na minha lua ninguém cravou bandeira. Certamente ela tem um lado iluminado e um lado escuro. O lado iluminado não é a morada de São Jorge, assim como o lado negro não é o refúgio de Lilith, embora ambos sejam bem vindos. A minha LUA é aquele lugar fantástico onde o Barão de Münchhausen foi buscar inspiração para enfrentar a “inquisição estatal” e salvar a imaginação das garras do deserto racionalista triunfante.


A minha lua não é a lua de Armstrong e Aldrin. A minha lua é a lua de Leopardi, Baudelaire e Cecília Meireles. É a Lua-Salomé, de Oscar Wilde, e a silenciosa companheira de Walt Whitman nas suas andanças pelos vastos territórios da América do Norte. 

Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
(Cecília Meireles).


 

Bem vindos à minha LUA.