CADA UM NA SUA LUA
Depois de muito resistir criei um
blog para descarregar e armazenar meus escritos não acadêmicos. Leio blogs de
vários cantos do mundo, mas nunca me senti em condições, por falta de tempo, de
manter um. Mas quando passei a encarar o blog não como um compromisso, mas como
uma diversão, tudo ficou mais fácil. Não tenho ambições com as letras, apenas
gosto de jogar com as palavras e organizar minhas ideias escrevendo.
Gosto de escrever, de brincar com
as palavras e transitar livre e despreocupadamente por temas variados. Acho que
isso vem da minha experiência docente nas áreas de História, Relações
Internacionais, Teoria Política e Publicidade e Propaganda, além das muitas
paixões: futebol, cinema, literatura, música, cachorros, flores e árvores,
poesia, televisão (sim, televisão), cervejas, pinturas.
Minhas referências de mundo são múltiplas e bastante heterogêneas. Situo-me numa fronteira difusa e construo minhas coerências entre a insatisfação cultivada de Rimbaud e a humildade lírica de John Fante, entre Marx e Nietzsche, Aron e Kropotkin, Zorro e o Homem Aranha, Voltaire e o Barão de Münchhausen (da imaginação cinematográfica de Terry Gilliam), entre Gandhi e Dexter, Caetano Veloso e o rock inglês, Frida Kahlo e Emily Dickinson, Jesus de Nazaré e Heliogabalo (historiado por Antonin Artaud), o cinema americano e a poesia russa, Madame Satã e Sérgio Buarque de Holanda, entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A preposição entre indica um lugar intermediário, feito de aproximações. São as minhas afinidades eletivas.
Minhas referências de mundo são múltiplas e bastante heterogêneas. Situo-me numa fronteira difusa e construo minhas coerências entre a insatisfação cultivada de Rimbaud e a humildade lírica de John Fante, entre Marx e Nietzsche, Aron e Kropotkin, Zorro e o Homem Aranha, Voltaire e o Barão de Münchhausen (da imaginação cinematográfica de Terry Gilliam), entre Gandhi e Dexter, Caetano Veloso e o rock inglês, Frida Kahlo e Emily Dickinson, Jesus de Nazaré e Heliogabalo (historiado por Antonin Artaud), o cinema americano e a poesia russa, Madame Satã e Sérgio Buarque de Holanda, entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A preposição entre indica um lugar intermediário, feito de aproximações. São as minhas afinidades eletivas.
Não se assustem com o nome do
blog. Nada a ver com astrologia nem com astronomia. Tampouco encerra algum
significado místico. É uma simples referência à individualidade como nosso
refúgio mais “sagrado” e seguro. Não é uma recusa da coletividade, apenas uma
ligeira desconfiança. Se a TERRA é o lugar do difícil, porém inescapável,
exercício do viver em coletividades, vamos reservar então a LUA como espaço
poético para as nossas fugas individualistas e nossos arroubos antissociais.
Na minha lua ninguém cravou bandeira. Certamente ela tem um lado iluminado e um lado escuro. O lado iluminado não é a morada de São Jorge, assim como o lado negro não é o refúgio de Lilith, embora ambos sejam bem vindos. A minha LUA é aquele lugar fantástico onde o Barão de Münchhausen foi buscar inspiração para enfrentar a “inquisição estatal” e salvar a imaginação das garras do deserto racionalista triunfante.
A minha lua não é a lua
de Armstrong e Aldrin. A minha lua é a lua de Leopardi, Baudelaire e Cecília
Meireles. É a Lua-Salomé, de Oscar Wilde, e a silenciosa companheira de Walt Whitman
nas suas andanças pelos vastos territórios da América do Norte.
Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
(Cecília Meireles).
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
(Cecília Meireles).
Bem vindos à minha LUA.
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